domingo, 11 de setembro de 2011

EaD - superando expectativas

Quando se fala em Educação a Distância, imediatamente associa-se uma tela de computador e alguém conectado a ele. Correto. No entanto, nem sempre foi assim.
Em geral, as pessoas não relacionam educação a distância a métodos utilizados há bem pouco tempo, como correspondência via correio, transmissão via rádio, TV etc. Tampouco eu mesma tinha essa percepção.
O fato é que, devido às necessidades cotidianas, o homem foi aprimorando o método de aprender/ensinar, chegando ao que temos hoje: professor e aluno não precisam, necessariamente, estar no mesmo local e na mesma hora para que se dê o processo de ensino aprendizagem.
Certamente, temos uma inestimável aliada: as tecnologias de informática, sem as quais, este mesmo ato a que me dedico agora não seria possível.
Entretanto, sabemos estar no início do uso dessa nova metodologia. Há que se caminhar muito. Para que a educação ( e não ensino ) a distância se solidifique  no mercado, são necessárias algumas medidas. Em primeiro lugar, o acesso à internet via computador para a população, independentemente da renda (o governo federal está com um projeto nesse sentido: banda larga à população a um custo mais baixo, em tese). Na verdade, embora estejamos numa região privilegiada econômica, social e culturalmente, a maioria da população não tem computador em casa, tampouco acesso à internet. Mais uma vez, a educação - no caso a distância -,  também restringe-se a uma parcela minoritária da população, perpetuando as desigualdades sociais no Brasil.
Em segundo lugar, não bastam leis que estipulem normatizações para instituições oferecerem cursos a distância. Em 1996, a LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- em seu artigo 80, já determinava isso. É necessário que haja fiscalização em relação às instituições autorizadas e aos cursos oferecidos por elas. Cabe à União atuar como instrumento de coibição às práticas oportunistas, abusivas e imorais de comércio da educação.
A Educação a Distância tem um papel fundamental na transformação social brasileira, sobretudo às camadas mais populares da sociedade, já que o indivíduo pode adequar seu tempo de trabalho com o tempo disponível aos estudos. Para muitos, esse é o único meio de ascensão profissional e social. Mesmo aqueles que já possuem alguma formação instrucional, quer seja, profissional, técnica ou superior, valem-se da Educação a Distância para aprimorar seus conhecimentos. Assim, é essencial que a EaD oferecida no Brasil seja de qualidade, tal qual as instituições, em sua maioria, vem oferecendo.
Dessa forma, acredito que a Educação a Distância possa cumprir o papel a que veio: proporcionar educação de qualidade a todas as camadas da população, com baixo custo, adequando-se à disponibilidade do sujeito aluno.
Há, ainda, muito preconceito em relação à EaD, todavia, acredito que esse panorama será modificado, considerando-se que estamos "engatinhando" na educação virtual.
Particularmente, está sendo uma descoberta quase que diária, pois, além de aprender a usar inúmeras ferramentas virtuais, ter acesso a informações que antes não tinha, poder debater com outras pessoas através dos blogs, interagindo com elas, a minha noção de EaD mudou totalmente. Tanto que já me inscrevi em outro curso, também a distância.
Acima de tudo, aprendi que o Conhecimento está a minha disposição, e a EaD está me propiciando o acesso a ele e à sua aquisição. Basta que eu me disponha.

É extremamente gratificante compartilhar com outras pessoas aquilo que penso e em que acredito.